quinta-feira, 21 de junho de 2012

Encontro Nacional  “PAZ, ECOLOGIA e SOCIEDADE” – ENPAES  na GAMBOA

O ENPAES - foi organizado visando estimular, ao mesmo tempo, o debate crítico sobre o tema e o fortalecimento de uma rede de projetos experimentais de ecodesenvolvimento na zona costeira catarinense. Além de painéis contando com a participação de representantes da comunidade científica, pretende-se oferecer oficinas voltadas para o envolvimento ativo dos participantes em iniciativas de ecopedagogia, saúde ecossistêmica, energias renováveis, agroecologia, arquitetura ecológica e turismo educativo-comunitário, entre outras
 
Controvérsias intermináveis acerca da maneira mais adequada de se considerar - e lidar com - a crise planetária do meio ambiente e das opções de desenvolvimento continuam a predominar nas universidades, na mídia, nas agências governamentais e nas ONGs.
 
Nas várias posições em jogo podemos identificar diferentes maneiras de pensar as nossas relações com a natureza, diferentes análises dos principais fatores que respondem pelo agravamento da crise e diferentes propostas de intervenção corretiva. A esta diversidade de crenças e valores somam-se as múltiplas incertezas que cercam o avanço do conhecimento científico sobre o assunto.
 
No entanto, atualmente não causa mais espanto a ninguém que as águas, as florestas, a atmosfera, a biodiversidade ou as zonas costeiras continuem a ser tratadas pelos economistas e tecnocratas de plantão como meros objetos de compra e venda no mercado. Ao mesmo tempo, a experiência histórica tem confirmado que a reprodução desse processo de pilhagem do patrimônio comum da humanidade e a persistência de bolsões de violência e miséria nos cinco continentes constituem as duas faces de uma mesma moeda.
 
Daqui em diante, e é objetivo do ENPAES contribuir para isto, respostas lúcidas a desafios de tal magnitude dependerão da nossa capacidade de compreendermos cada vez melhor o conjunto interdependente de fatores que condicionam os processos mais ou menos irreversíveis de destruição da biosfera. Além disso, estamos sendo desafiados a conceber e colocar em prática um novo conceito de desenvolvimento ecologicamente prudente e economicamente solidário. A meta consiste em superar a hegemonia da versão economicista e socialmente excludente que ainda hoje norteia as tomadas de decisão no campo do planejamento governamental.